Segundo o Houaiss, o verbo apoiar significa, dentre outras coisas, buscar firmeza em; dar apoio a (alguém ou algo); prestar-se mútuo auxílio; ajudar ou proteger por meio de atividade complementar. É um verbo transitivo, cujo sentido só se dá por meio de um complemento. Assim também é o Emprego Apoiado, que tem o intuito de viabilizar a inclusão no mercado de trabalho de pessoas em situação de incapacidade mais significativa, respeitando e reconhecendo suas escolhas, interesses e necessidades de apoio. Assim como no dicionário, o Emprego Apoiado é, sobretudo, o ato de ajudar uma pessoa.
E para quem precisa dessa ajuda, o Emprego Apoiado é a chave para o exercício de uma função. Enquanto muitos discutem somente a entrada da pessoa no mercado de trabalho – e essa discussão é fundamental – poucos, contudo, param para pensar sobre o depois. E depois da contratação? Como apoiar um profissional com deficiência, a fim de que ele possa executar o trabalho dele da forma mais completa?
Quando jogamos luz a esses questionamentos, fica claro que precisamos avançar. Que a Lei de Cotas permanece como um diferencial para a carreira das pessoas com deficiência. Mas ela só não basta. As empresas não cumprem seu papel social quando se comportam como depósitos de profissionais com deficiência com o objetivo único de cumprir uma lei. E não há outra forma de evitar isso, a não ser por meio do apoio.
Acredito que o caminho mais curto para exercer com responsabilidade o Emprego Apoiado é o olhar além da cota. E essa postura deve passar obrigatoriamente pela alta liderança da empresa. Tem de fazer parte da cultura da companhia, vivenciada no dia-dia, a ponto de se tornar um valor de negócio. O RH, com uma abordagem inclusiva, tem o papel de ser o vetor de contaminação em todos os níveis da organização.
Com esses três pilares muito bem estabelecidos – inclusão, cultura forte de estímulo e respeito à diversidade e um RH atuante e comprometido – o Emprego Apoiado passará a ser tratado de forma natural.
Com o propósito de incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho, desde 2016, a Catho concede gratuidade no acesso a todas as vagas do site para profissionais com deficiência e reabilitados pelo INSS, a partir de laudo devidamente validado.
*Murillo Cavellucci é diretor de Gente e Gestão da Catho
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